quinta-feira, 6 de setembro de 2012

1ª manga, finalmente!

depois de vários dias de chuva...

Bem cedo ficou definida a manga, 103km numa ida e volta pelas cristas e a terminar com uma triangulação na zona de St. André. Já deu para perceber que vamos aterrar sempre em casa.
No inicio estava bastante estável e parecia difícil subir mas rapidamente a condição melhorou e toda a gente saltou para a crista em frente á descolagem , no meio do vale, para se posicionar para o start.
O inicio foi como o resto do voo, transições sempre a fundo de crista em crista e bem marcadas pelas nuvens que por esta altura já cobriam grande parte do céu.
Na passagem de um grande vale formaram-se dois grupos que tomaram decisões bastante diferentes. O Ciby foi pela esquerda, mais a oeste, e foi dos primeiros a picar a baliza mas esta decisão acabou por mostrar-se menos boa pois o grupo demorou muito tempo a subir novamente para atravessar o grande vale no caminho de regresso.
Todos os outros passaram pela direita, onde havia apoio de montnhas mais altas e com térmicas bem marcadas por cúmulos. Registos de +8m/s e base a 2900m. O regresso foi relativamente fácil e seguimos de crista em crista no sentido de volta.
Por esta altura o céu começou a tapar e grandes cúmulos cobriam de sombra zonas bastante grandes. As transições foram feitas contra vento em longos planeios, sem subir. no entanto ao ficar baixo, encostando ás encostas acabava-se por subir relativamente bem.
Por esta altura o Nuno ia no grupo da frente, cerca de 20 pilotos liderados pelo top pilot local, e piloto de testes da ozone, Russel Ogden.
O Dinis vinha um pouco mais atrás e o resto da malta na perseguição.
A zona de voo é realmente incrível e durante todo o percurso cruzámos com planadores, a voar em todas as direcções e a mostrar quais as zonas da nuvem que estavam a funcionar melhor. Muitos pássaros também. Há por aqui uma espécie de abutre bastante rara, o quebra-ossos. São uma ajuda preciosa nalgumas situações.

No ataque á 2ª baliza, o vento fazia-se sentir e apesar de se ir relativamente baixo tinha apoio nas cristas mas começou a ser notório que haveria sobre-desenvolvimentos. Os congestus previstos na análise meteo já se viam por aqui e por ali.
Mais uma vez o ataque á ultima baliza a ser liderado por Russ Ogden e o restante logo na cola.
A travessia dos últimos vales foi bastante rápida, há uma serie de cristas viradas a oeste onde foi só encostar e catrapumba, lá pra cima. Na tirada final fomos alcançados por um gupo vindo de trás que ganhou bastante mais altura e lucrou com o vento mais forte na camada de cima, vindo por isso com bastante mais velocidade. O vencedor iria ser discutido ao segundo. A linha de golo é um cilindro de 1000m da baliza que fica no topo do monte e por isso dá pra fazer abaixo da cota mais alta. Há no entanto que garantir o suficiente para encostar na zona que delimita o final.
O Nuno chegou em 12º, aterrou e pouco depois a manga foi parada devido a algumas nuvens na zona de voo estarem já a descarregar. De facto quem vinha atrás teve já alguns problemas com muita sombra mas principalmente chuva e inclusive granizo. O Paulo aterrou já no limite do parachutal, devido a ter a asa molhada, e o Roberto apanhou também com a nuvem a descarregar.
Vamos aguardar pelos resultados.

Os próximos dias prometem!

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