depois de vários dias de chuva...
Bem cedo ficou definida a manga, 103km numa ida e volta pelas cristas e a terminar com uma triangulação na zona de St. André. Já deu para perceber que vamos aterrar sempre em casa.
No ataque á 2ª baliza, o vento fazia-se sentir e apesar de se ir relativamente baixo tinha apoio nas cristas mas começou a ser notório que haveria sobre-desenvolvimentos. Os congestus previstos na análise meteo já se viam por aqui e por ali.
Bem cedo ficou definida a manga, 103km numa ida e volta pelas cristas e a terminar com uma triangulação na zona de St. André. Já deu para perceber que vamos aterrar sempre em casa.
No inicio estava bastante estável e parecia difícil subir
mas rapidamente a condição melhorou e toda a gente saltou para a crista em
frente á descolagem , no meio do vale, para se posicionar para o start.
O inicio foi como o resto do voo, transições sempre a fundo
de crista em crista e bem marcadas pelas nuvens que por esta altura já cobriam
grande parte do céu.
Na passagem de um grande vale formaram-se dois grupos que
tomaram decisões bastante diferentes. O Ciby foi pela esquerda, mais a oeste, e
foi dos primeiros a picar a baliza mas esta decisão acabou por mostrar-se menos boa pois o grupo demorou muito tempo a
subir novamente para atravessar o grande vale no caminho de regresso.
Todos os outros passaram pela direita, onde havia apoio de
montnhas mais altas e com térmicas bem marcadas por cúmulos. Registos de +8m/s
e base a 2900m. O regresso foi relativamente fácil e seguimos de crista em
crista no sentido de volta.
Por esta altura o céu começou a tapar e grandes cúmulos cobriam
de sombra zonas bastante grandes. As transições foram feitas contra vento em
longos planeios, sem subir. no entanto ao ficar baixo, encostando ás encostas acabava-se
por subir relativamente bem.
Por esta altura o Nuno ia no grupo da frente, cerca de 20
pilotos liderados pelo top pilot local, e piloto de testes da ozone, Russel
Ogden.
O Dinis vinha um pouco mais atrás e o resto da malta na
perseguição.
A zona de voo é realmente incrível e durante todo o percurso
cruzámos com planadores, a voar em todas as direcções e a mostrar quais as
zonas da nuvem que estavam a funcionar melhor. Muitos pássaros também. Há por
aqui uma espécie de abutre bastante rara, o quebra-ossos. São uma ajuda
preciosa nalgumas situações.
No ataque á 2ª baliza, o vento fazia-se sentir e apesar de se ir relativamente baixo tinha apoio nas cristas mas começou a ser notório que haveria sobre-desenvolvimentos. Os congestus previstos na análise meteo já se viam por aqui e por ali.
Mais uma vez o ataque á ultima baliza a ser liderado por
Russ Ogden e o restante logo na cola.
A travessia dos últimos vales foi bastante rápida, há uma
serie de cristas viradas a oeste onde foi só encostar e catrapumba, lá pra
cima. Na tirada final fomos alcançados por um gupo vindo de trás que ganhou
bastante mais altura e lucrou com o vento mais forte na camada de cima, vindo
por isso com bastante mais velocidade. O vencedor iria ser discutido ao
segundo. A linha de golo é um cilindro de 1000m da baliza que fica no topo do
monte e por isso dá pra fazer abaixo da cota mais alta. Há no entanto que
garantir o suficiente para encostar na zona que delimita o final.
O Nuno chegou em 12º, aterrou e pouco depois a manga foi parada
devido a algumas nuvens na zona de voo estarem já a descarregar. De facto quem
vinha atrás teve já alguns problemas com muita sombra mas principalmente chuva
e inclusive granizo. O Paulo aterrou já no limite do parachutal, devido a ter a
asa molhada, e o Roberto apanhou também com a nuvem a descarregar.
Vamos aguardar pelos resultados.
Os próximos dias prometem!
Excelente relato!
ResponderEliminarQuem apanhou molha, toca a secar a asa, e siiiiiga!